1 de agosto de 2015

o cristão e a responsabilidade social

Vamos fazer um exercício de reflexão sobre o tema RESPONSABILIDADE SOCIAL, tendo como base as Sagradas Escrituras. Nela encontramos dois modelos comunitários estabelecido por Deus. O primeiro modelo é a nação de Israel (Antiga Aliança), responsável por preparar o caminho para a vinda do Messias. As leis deixadas por esta nação tratam de justiça social de forma muito direta, ou seja, o próprio Deus incita a nação a ser justa não apenas do ponto de vista espiritual, mas também do ponto de vista social. O segundo modelo é a Igreja de Cristo (Nova Aliança), responsável por proclamar a mensagem do Messias. No seu estágio inicial, a Igreja compreendeu e praticou a justiça social não como lei imposta por Deus, mas como fruto do agir de Deus entre eles, por isso não permitiram que existisse desigualdade na nova comunidade que estava sendo estabelecida. Então, me diga como hoje podemos ser tão indiferentes a isso? Como podemos, dentro de um contexto social com tantas desigualdades, nos preocuparmos apenas com a manutenção da nossa própria espiritualidade? Será que fomos chamados apenas para pregar o Evangelho sem ter o compromisso de também contribuir de forma prática com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária? Algo está errado não acha?

21 de junho de 2015

A ditadura do relativismo.

Vivemos um tempo bem estranho do ponto de vista filosófico-existencial. Atualmente, nenhuma verdade pode se absolutizar, pois é rapidamente execrada pela maioria esmagadora dos descolados de plantão. A única verdade que pode prevalecer é que todos possuem a sua própria verdade, criando assim um pensamento altamente relativista, que tem dominado quase todas as esferas do comportamento humano. Conceitos arraigados por anos e até mesmo séculos em nossa sociedade, estão sendo implodidos tão rapidamente, que nem ao menos percebemos quando isso acontece, mas no lugar, nada é construído além da liberdade de cada um edificar as suas próprias convicções. Isso é confuso, pois quando deixamos de defender com fervor nossas ideologias porque, segundo dizem, o mundo pós-moderno não comporta mais pensamentos lineares e ultrapassados, estamos na verdade criando uma ditadura relativista, onde nada pode ser afirmado com total certeza, apenas a incerteza é padrão universal. Temo por este momento, pois percebo que ele está criando um vácuo de reflexão crítica nas pessoas de um modo geral, pois discordar é quase uma necessidade, mas ao mesmo tempo afirmar com convicção uma verdade pessoal é praticamente um crime. Num ambiente como esse, provavelmente, não teremos muitos avanços na área do conhecimento humano. Enfim, num mundo onde tudo é relativo, o mesmo se torna padrão absoluto e ai está a grande ironia da pós-modernidade.

PS: ninguém pode questionar este texto, afinl de contas essa é MINHA PERSPECTIVA sobre o momento atual. O que posso dizer: bem vindo ao mundo das incoerências pós-modernas!

19 de junho de 2015

Todo pastor é ladrão!

Quantas vezes já ouvi isso, vindo de todo tipo de gente. Na cabeça de uma quantidade grande de pessoas TODO PASTOR É LADRÃO! Alguns até dizem: “quer ficar rico, abre uma igreja!”. Pois bem, sou pastor já faz um tempão, trabalho prá caramba, pois tenho que cuidar de duas igrejas locais e dar supervisão a outras, além de ser responsável por um projeto social que demanda muita atenção e dedicação, e mesmo assim, até agora não fiquei rico (e nem tenho isso como propósito de vida, que fique claro!) e o mais engraçado é que conheço um número enorme de pastores (a maioria prá falar a verdade) que também não ficaram ricos. Ao contrário, muitos se sacrificam pelo trabalho que são responsáveis. Mas porque uma minoria de pastores enriquece as custas dos fiéis de sua igreja, dai vem as generalizações, que por si só são estúpidas. É mais ou menos achar que porque um médico atendeu a gente mal, nenhum médico presta, ou porque um pasteleiro nos vendeu um pastel de vento, todo pasteleiro é mal-intencionado. Mas como clichês tem o poder de quebrar a capacidade de reflexão de muitos, continuamos ouvindo que todo pastor é ladrão e que igreja é um bom negócio. Para aqueles que pensam assim, tenho uma sugestão: abra uma igreja e veja se é tão fácil como pensa! Pensa um pouquinho antes de propagar uma visão preconceituosa e esteriotipada de um grupo de pessoas que, em sua maioria, não desejam mais do que fazer aquilo que creem que devem fazer! A exceção nunca será a regra! Pense nisso!

4 de abril de 2015

Eu não preciso de religião para ser uma pessoa boa!

Vou tentar ser bem objetivo com relação a afirmação feita no título acima. De fato, uma pessoa não precisa da interferência da religião para viver uma vida moralmente correta, ou seja, quando se trata de moralidade, a religiosidade não é necessariamente essencial. Podemos encontrar pessoas boas e éticas que, na prática, não se dedicam a nenhuma crença religiosa. Isso torna a religião dispensável, certo? Se pensarmos nela apenas como uma fornecedora de padrões morais a serem seguidos, então ela se torna algo desnecessária e sem sentido, sem dúvida nenhuma! Mas a grande questão, que a religião (e aqui me refiro especificamente ao Cristianismo) não se propõe apenas a ser uma fornecedora de moralidade. Isso é uma visão muito limitadora do real propósito do Cristianismo. Na verdade, o cerne da fé cristã consiste na revelação do propósito de Deus ao ser-humano e de como, por intermédio de Cristo, podemos nos relacionar com Ele. Portanto, vida cristã não está intimamente ligada ao cumprimento de uma série de regras e leis morais que nos dão a sensação de sermos bons e corretos e sim da maravilhosa revelação de Deus em Cristo Jesus, que alcança o ser-humano pecador e o transforma pelo poder do Espírito Santo. Quando isso acontece, a busca pela santidade será um objetivo natural na vida daquele que foi alcançado pela graça. Enfim, muitos podem ser bons pelo seu próprio esforço, mas ninguém pode ser salvo da mesma forma, pois apenas Deus pode conceder tão grande privilégio! Valorizemos pois essa mensagem inigualável!

25 de janeiro de 2015

Hoje é melhor do que ontem!


Eu me lembro como se fosse hoje. Tudo aconteceu na sala da minha casa quando tinha apenas 15 anos. Não me recordo de todas as palavras ditas pela pessoa que ministrou naquela noite, mas sei que nesta reunião em minha casa no mês de julho de 1988, Deus me chamou para fazer parte do seu Reino. Ali começou uma longa jornada que dura até o dia de hoje. Lá se vão quase 27 anos de caminhada cristã. Já me senti desanimado, cansado, sem fé, amargurado, insensível, confuso entre outras coisas. Mas também vivi momentos de êxtase, de conquistas, de novas experiências, de alegrias e por ai vai. Ou seja, nada diferente da maioria dos cristãos que conheço. Bom, agora estou com 42 anos, pastoreio uma igreja, tenho uma bela família e bons amigos que andam ao meu lado, mas o que me chama a atenção neste momento é o fato de estar vivenciando algo totalmente novo em minha vida cristã. Não sei explicar exatamente o que é, mas nunca me senti tão livre para servir e amar a Deus, para fazer a obra com amor desinteressado e para aprender a cada dia com o Senhor de todo conhecimento. Acho que o Salmo 131 reflete bem o meu estado de espírito atual e me alegro com isso, pois sei que é fruto do amor de Deus por mim. Que Ele seja sempre louvado! Amém!


Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim.
De fato, acalmei e tranqüilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.
Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, desde agora e para sempre!

Salmos 131:1-3